quarta-feira, 25 de maio de 2016

O Estado Islâmico perde. E o Brasil ganha?

Assim como a ascensão do Grupo Estado Islâmico, é muito complicado compreender as motivações e estratégias destes terroristas. O que de fato se sabe, é que de forma alguma o combate contra o grupo trata-se de uma guerra convencional. As estimativas indicam que o Daesh perdeu cerca de 30% de seu território no Iraque e na Síria durante os últimos meses, sendo a retomada de Palmyra e Ramadi pelos exércitos locais, a primeira com grande auxílio russo, importantes exemplos de como o grupo vem se enfraquecendo em suas posições.

Além disso, os terroristas não capturaram nenhuma cidade relevante nos últimos tempos. Sua capital no Iraque, Mosul, está sitiada por forças do governo e as milícias curdas, conhecidas como peshmergas, e a ação conta com grande aparato da coalizão liderada pelos EUA. Fallujah, a outra importante cidade iraquiana nas mãos do Daesh, passou nesta semana a ser alvo de uma ofensiva do governo iraquiano, que deve derrotar o grupo brevemente e deixa-los somente com Mosul no país.

A soma destes fatores, em condições normais, condenaria o Grupo Estado Islâmico a um fracasso, quem sabe perdendo todo seu território em 2016 mesmo. Mas como dito, não se trata de forma alguma de uma guerra comum. E Mosul é um bom exemplo disso. A cidade, de maioria sunita, em um conflito tradicional teria sido retomada pelas forças nacionais, logo que estas dispusessem da capacidade militar de fazê-lo. Mas os habitantes, que não apoiam o Daesh, tampouco se sentem seguros sabendo que voltarão a pertencer ao governo iraquiano, altamente dominado por xiitas, assim como as tropas nacionais. E por outro lado, os moradores de Mosul, esmagadoramente árabes, se sentem ressentidos com os curdos ocupando suas terras, o que poderia aumentar a influência do Curdistão Iraquiano, área que goza de grande independência no norte do país. Este impasse étnico, que já teve capítulos trágicos com regime de Saddam Hussein, passou por relativa estabilidade há alguns anos, mas a queda da economia iraquiana e do preço do barril de petróleo, produto vasto no Curdistão, levou Bagdá a disputas com o norte, que atrapalham uma melhor cooperação das forças em Mosul. O Daesh agradece.

O principal fator que torna esta guerra atípica é o fato de não ser travada entre exércitos comuns, e sim destes contra terroristas. Há uma imensa vantagem em não ter que se preocupar com sanções, por exemplo, decorrente de possíveis crimes de guerra praticados pelo seu “exército”. E são exatamente os terroristas que estão equilibrando a guerra para o Daesh. Na medida em que o grupo sofre derrotas militares, a alternativa encontrada é intensificar o número de ataques, boa parte dos últimos suicidas, o que não era padrão anteriormente.

Enquanto os soldados do Daesh perdem a batalha nos campos, inocentes perdem a vida em toda parte, em especial no próprio Oriente Médio. Apesar da propaganda bem maior proporcionada por ataques na Europa, que tem um potencial de gerar mais recrutas e dar uma impressão de mais poder para os terroristas, este tipo de ação vem se tornando cada vez mais difícil. Mesmo a Bélgica, que sofreu os atentados em março, e era visto como um dos países com um dos serviços de inteligência mais frágeis da União Europeia, conta com aparatos muito superiores aos das duas cidades vistas como mais seguras da Síria hoje, Tartus e Lataquia. As duas, sob domínio do regime e ampla proteção russa, foram os alvos encontrados pelo Daesh, matando mais de 150 pessoas e seguindo com uma estratégia que sangra cada vez mais o Oriente Médio. No mesmo dia, Áden, no esfacelado Iêmen, sofreu um ataque que tirou 45 vidas.

A carnificina segue uma tendência já demonstrada uma semana antes, quando o grupo realizou uma série de atentados em localidades xiitas de Bagdá, matando centenas de pessoas, inclusive alguns que se juntavam em um estabelecimento conhecido como a sede do Real Madrid local, e foram vítimas do ódio do grupo ao esporte bretão. A síntese de tudo isso é que cada vez mais o Daesh será acuado, já que não existem sinalizações nem de recuo, muito menos de negociações por parte das forças que combatem no Iraque e na Síria. E que em contrapartida, visando aparentar manter importância e atrair novos integrantes, o grupo realizará ataques que rendam a maior repercussão possível, e vai procurar os lugares mais frágeis para tal.

França, EUA e Israel parecem ter conseguido se blindar das ações nesta nova fase, enquanto Síria, Iraque e Iêmen esfacelados, padecem. A ameaça é real, e em qual destes lados a segurança brasileira vai estar para as Olímpiadas? Motivos para o grupo atacar não faltam, já que mesmo o Brasil não sendo um alvo comum, franceses, americanos e israelenses participarão de um evento, que pra quem busca repercussão, conta com a maior audiência do mundo. Que a Abin nos proteja.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Um mapa que explica o mundo

Sempre adorei mapas. O gosto vem desde a infância, quando levava um bom tempo observando os mapas da Europa para identificar as cidades que possuíam times nas principais ligas do continente. Essa relação de geografia com futebol levava a alguns equívocos, como acreditar que as capitais dos países eram as sedes das principais equipes do momento. Assim, Lyon substituía Paris como capital da França, Munique era a alemã e Milão a italiana. Bons tempos.

Eu não tenho dúvidas que esse interesse influenciou muito nos meus gostos de hoje. Quando passei a compreender que aquelas representações cartográficas na verdade representavam pessoas, culturas, interesses e pensamentos diferentes, foi amor à primeira vista. E hoje, em tempos de internet, as possibilidades para dissecar mapas são muitas. Páginas que acesso quase diariamente, como Amazing Maps, El Orden Mundial en el Siglo XXI e Eurasia postam verdadeiros mapas que costumam valer mais que mil palavras para entender o mundo.


E o que traz esta enrolação é um destes. Olhando rápido, pode ser simplesmente um mapa mundi com tons de marrom que representam a porcentagem que as matérias primas representam no PIB de cada país. Um olhar mais atento, ajuda em uma grande compreensão dos conflitos no mundo hoje e os que devem estar por vir, ou como costumam dizer “A Ordem Mundial”.

Primeiro as “ausências”. Sete das mais sentidas são facilmente compreendidas. Na África, a Líbia, um dos países com maiores reservas de petróleo no mundo, está destruída. A sede do governo reconhecido não fica na capital Tripoli, e boa parte dos poços de óleo estão nas mãos de milícias extremistas, inclusive o Grupo Estado Islâmico. Não tem como fazer a estimativa. Situação semelhante com a da Somália, um completo estado falido em guerra civil há décadas e que tem como uma das principais forças o Al Shabab, ligado à Al Qaeda. A área que não possui dados no Marrocos é a Saara Ocidental, envolvido em complexos imbróglios separatistas.

No Oriente Médio, o Irã, um dos maiores produtores de petróleo global, sofria com graves embargos para vender seu produto principal até o Acordo Nuclear. Difícil estimar a dependência. Depois, Cuba, Myanmar e Coréia do Norte. Três dos regimes mais fechados e com economias mais enigmáticas do mundo, apesar das aberturas nos dois primeiros. O outro dispensa comentários, até por falta de informações.

A região mais emblemática hoje é a América Latina. Brasil, Argentina e Venezuela tiveram grandes crescimentos econômicos durante a alta dos preços de matérias primas, principalmente se aproximando da China. A demanda global pelos produtos caiu, assim como o crescimento chinês, um não separado do outro. Com isso, graves crises atingiram as duas principais potências sul-americanas, que seus PIB’s dependem mais de 16% de commodities, sendo dispensável detalhar o caso brasileiro. Já na Argentina, o problema se somou a dificuldades anteriores, e levou a um cenário ainda pior. Apesar dos benefícios apontados por muitos meios da mídia estrangeira, Macri não resolveu toda a situação argentina, tendo estes, por exemplo, que conviver com enorme inflação no seu governo.

Comparar o que acontece na Venezuela com os dois países é bastante equivocado. A situação, que envolve possibilidades hoje de uma guerra civil, é imensamente mais delicada, e chavismos a parte, o mapa explica bem. A Venezuela é o único país em que seu PIB depende mais de 32% da exportação de matérias primas na região, e tendo em vista que boa parte vem do petróleo, já que os venezuelanos são detentores das maiores reservas mundiais, é mais compreensível. Durante boa parte dos últimos dez anos, o barril de óleo foi negociado a mais de 100 dólares, chegando facilmente aos 120. Neste ano, a commoditie chegou a valer menos de 30 dólares. É mais do que grave.

Equador e Bolívia são dois países preocupantes em um médio prazo. Os dois gozam de relativa estabilidade hoje, mas com o PIB dependendo mais de 16% da exportação de matérias primas, as conjunturas não podem omitir reformas necessárias. O Equador, membro da OPEP, terá problemas com o barril sendo negociado a preços mais baixos, apesar de hoje conseguir “surfar” na onda dos países que se voltaram aos acordos com o Pacífico e fugiram da queda chinesa. A Bolívia, também muito dependente de hidrocarbonetos, deve boa parte de sua estabilidade, justamente a uma estabilidade, a de Evo Moralez no poder de um país famoso pelos golpes de estado.

O país que se sobressai no Norte do mapa por conta da cor mais escura, é justamente o maior, a Rússia. Não vem de hoje que a queda no preço dos hidrocarbonetos deixa os russos com um dos piores desempenhos econômicos dentre os países mais importantes do mundo. A estratégia de Putin para lidar com o problema e manter sua popularidade entorno dos 80% é aumentar retórica nacionalista do país. O resultado são duas participações em dois dos principais conflitos da atualidade, a Crimeia e a Síria.

Apesar de peculiaridades em países como Canadá e Austrália, com populações pequenas e grande renda per capita, em geral os países mais estáveis do mundo são os mais claros no mapa. Por outro lado, o instável Oriente Médio, revela tons mais escuros e é área mais preocupante na representação.
O Iraque, por exemplo, tem mais de 65% de seu PIB relacionado com matérias primas, em especial o petróleo. Mas sua instabilidade não vem desde a queda no preço do barril, e sim de tensões anteriores. Os países do Golfo, com o caso emblemático da Arábia Saudita, conseguiram verdadeiros oásis em meio a tantas tensões, como por exemplo, alguns dos PIB’s per capitas mais altos do mundo e a Copa de 2022. Praticamente tudo com dinheiro de um petróleo caro e com alta demanda.

Estes países construíram estados de bem-estar social com a renda da commoditie, mas depender de matérias primas significa se submeter a volatilidades. Ainda mais se tratando de um combustível que em qualquer visão ambientalista, é obsoleto para o século XXI. E estes países já vêm enfrentando os custos de petróleo barato, como no caso do Bahrein. A ditadura sunita em um país de maioria xiita, normalmente conseguia conter sua população com reformas sociais caras, mas pouco inovadoras, sobrecarregando o funcionalismo público. O país tem mais de 32% de seu PIB atrelado a commodities, então com o petróleo a mais de 100 dólares o barril, a estabilidade era comprada, o que fica impossível nos atuais preços, e o país é provavelmente o foco da próxima grande tensão do Oriente Médio.

Alguns países entenderam a necessidade de mudança e saíram na frente, antes de virar um foco de tensão em um futuro não muito distante. O SaudiVision 2030 é um ambicioso programa que visa diversificar a economia do maior exportador de petróleo do mundo até 2030. A medida foi tomada depois que o FMI indicou que a atual economia saudita era insustentável dentro de cinco anos, mas convenhamos um pouco de bom senso e esse mapa poderia justificar a decisão. Aliás, bom senso, investimento em inovação e tecnologia são vitais em qualquer parte deste mapa. Fica a dica aos “abençoados por Deus e bonitos por natureza”.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

"London Calling"

É complicado para aqueles que tiveram mais contato com a obra de George Orwell não nutrir certa antipatia por Eton, a elitista escola na qual o autor se formou. E o candidato a prefeito de Londres, Zac Goldsmith, tem várias atribuições que poderiam fazer com que este endossasse a lista de altos cargos dos célebres ex-alunos do colégio. Bilionário, o político conservador vive um grande momento de seu partido, que recentemente reelegeu seu líder, David Cameron, como primeiro-ministro com um número de cadeiras bem acima dos trabalhistas, algo pouco usual no Reino Unido.

No entanto, o favorito para substituir o também conservador Boris Johnson, é o trabalhista Sadiq Khan. Paquistanês, filho de motorista de ônibus, Khan se formou em uma escola comunitária, e tem a possibilidade de se tornar o primeiro prefeito muçulmano de uma grande capital ocidental. O mandato em Londres, o terceiro maior majoritário da Europa, perdendo apenas para as presidências de França e Portugal, colocaria um muçulmano que rompe com diversos estigmas e preconceitos em um grande posto, em meio a um continente afetado pela xenofobia e a islamofobia.

Khan, que foi ministro dos transportes com Gordon Brown, é um jurista com atuação em direitos humanos, com grande destaque para os dos homossexuais. Em uma comunidade que engloba 1,5 bilhão de pessoas como a muçulmana, existem diversas correntes, e infelizmente as que costumam ganhar destaque são a de fundamentalistas como os de Bangladesh, que mataram recentemente um diretor de revista pelo simples fato deste defender os direitos LGBT. No entanto, como é observado na crescente conservadora brasileira, o fundamentalismo religioso pode ter origem em qualquer crença, e casos tão graves quanto estes já ocorreram, por exemplo, em Uganda, por influência de extremistas cristãos (God Loves Uganda é um documentário ótimo sobre o tema, tem no Netflix).

Ainda sobre religião, vale citar que Goldsmith é judeu, apesar de ter poucas ligações. E neste exato momento, uma das figuras mais vinculadas nos jornais israelenses é justamente o líder trabalhista Jeremy Corbyn, que recentemente se manifestou de maneira considerada antissemita por muitos judeus. Como dito anteriormente, os trabalhistas não vivem um bom momento, e seu líder é criticado frequentemente por posturas vistas como radicais em excesso. Por outro lado, os conservadores estão fragmentados pelos posicionamentos quanto ao chamado Brexit, o referendo que, em junho, vai definir a permanência ou não do Reino Unido na União Europeia.

O atual prefeito de Londres, Boris Johnson, é o maior defensor dentro do partido de uma saída dos britânicos da união. Seu maior adversário interno é justamente o primeiro-ministro David Cameron, que acredita ser vital, principalmente para a economia, a permanência. Goldsmith é favorável à saída, o que o afastou da importante figura do líder e tudo indica que isto terá efeitos nas urnas contra o conservador. Os trabalhistas neste caso estão mais unidos, e esta é uma das principais plataformas de política de fato que Khan, favorável à manutenção, diverge de Goldsmith.

E é esta Europa unida que a vitória de Khan representa. O continente da pluralidade, com algumas das mais cosmopolitas cidades do planeta, e que tem uma tradição fantástica em acolher e integrar outras culturas. A Europa que dá a oportunidade de um filho de imigrante vencer democraticamente um bilionário representante de uma das principais elites globais, não aquela que fecha a porta para refugiados desesperados por uma mínima condição de sobrevivência. É a Europa que dá a Mahrez, um argelino muçulmano, o prêmio de melhor jogador em sua principal liga nacional, não aquela liderada por Viktor Orban que constrói muros e esquece o Tratado de Schengen.


E que Goldsmith seja tratado sem estigmas. Não é por vir de uma das escolas mais elitistas do planeta que isso seja um demérito, afinal de contas um dos maiores autores da história também estudou lá, apesar de ter ficado longe de ser bilionário. E que a crítica às políticas de Khan sejam absolutamente isentas do que sua posição representa, sendo feitas de maneira idônea e pelo que ele fizer não por quem é ou foi. Mas essa história ficará pra sempre registrada. Teria o autor de “1984” imaginação para antecipá-la? Ah, teria. Maldita tuberculose.

terça-feira, 3 de maio de 2016

Os números do Senado

A votação pelo prosseguimento do processo de impeachment no Senado se aproxima, e o temor de um espetáculo que coloque o Brasil novamente em situação constrangedora é natural. A consulta no Congresso, que na sua cobertura internacional contou com ironia e espanto até de publicações mais tradicionais, como a revista The Economist, não deve ser parâmetro para a próxima.
A série de constrangimentos no dia 17 de abril, que contou com apologia a um torturador, cusparadas, confetes, inúmeras menções a Deus, e até a paz de Jerusalém, abalada no dia seguinte por um atentado a um ônibus, dificilmente deve se repetir no Senado. O caso do senador Cristovam Buarque é emblemático, já que o político se colocou plenamente a disposição para expor os argumentos para seu voto, inclusive em entrevista para a GloboNews. Situação bem diferente da ocorrida na outra casa, na qual, retratada na ironia dos meios internacionais, sobraram argumentos, mas não relacionados ao objeto da votação.
Ainda assim, o singular momento da política brasileira contará com marcos na história mundial. Segundo diversas pesquisas, pela primeira vez um chefe de estado que sofreu impeachment terá a chance de julgar outro processo do mesmo porte. Além disso, teremos o primeiro homem a ultrapassar a barreira dos 1000 gols votando a permanência de alguém no cargo máximo de um executivo democrático. Sabendo das qualidades de placares de jornais como Estadão e Folha de São Paulo, fomos atrás de outros números sobre a votação no Senado.
(Todas as indicações abaixo foram conferidas em veículos da imprensa ou nas mídias dos próprios políticos. O VPC se isenta de juízo de valor sobre o divulgado, achando melhor assim, não destacar quais números pertencem a cada senador)
-Um impeachment                                                                    
-1002 gols na carreira
-Um filho nos Panama Papers
-Uma Copa do Mundo
-455 kg de cocaína apreendidos em helicóptero da família
-12 senadores investigados na Operação Lava Jato
-Uma mãe do Supla
-Um aeroporto construído em terreno da família durante mandato de governador
-6 votos para Assembleia Legislativa antes de assumir como suplente
-Uma citação da frase: “Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém”
-Dois condutores do reconhecimento do Genocídio Armênio na casa
-Um estado em que nenhum senador declara o voto
-Duas acusações de uso de trabalho escravo em propriedades da família
-Um delator na Operação Lava Jato
-Uma propaganda em que dizia “Como a mãe dele” e “Como a Dona Maria”
-Um vice da Libertadores como presidente do clube
-Duas casas pichadas por vândalos 
-Um filho exonerado de cargo na Câmara por nepotismo
-Uma citação da frase: “Relaxa e goza” durante crise da aviação
-Uma conta da família em Liechstein
-85 dias detido
-Três sem partido
-Uma música em que repete ser “Maluco por Jesus”
-Uma acusação de peculato arquivada por prescrição do crime
-Um presidente da casa investigado na Operação Lava Jato
-Um xaveco na Cléo Pires


São muito bem vindas sugestões de outros números. Principalmente as que se referirem a números de acusações e condenações por crimes eleitorais, além das trocas de partido, já que as limitações da equipe dificultaram estas apurações.