quinta-feira, 24 de abril de 2014

O SPC russo

Na coluna de hoje, nossa graduada equipe resolveu compactuar com o recente reconhecimento de Valesca Popozuda como expoente da cultura popular, e ficou resolvido que homenagearíamos  o espetacular e genial filósofo moderno Alexandre Pires, que acima de tudo é mineiro. Tentamos relacionar um pouco de sua grande obra com o atual momento crítico entre Rússia e Ucrânia.
Primeiramente, vale ressaltar a ação de Putin na Crimeia, território conquistado sem qualquer intervenção militar significativa, apenas inflamando um teórico espírito russo, em uma região diariamente bombardeada com acusações ao governo provisório, que iam desde supostos posicionamentos nazistas, até ao comunismo. O resultado como sabemos, foi uma eleição com 95% de apoio a adesão à Rússia, em meio a uma população de 15% de tártaros que haviam indicado que votariam contra a anexação. Em outra situação intervencionista, seria algo completamente fácil a contestação das eleições por parte da comunidade internacional, já com nosso Putin "come quieto", valeu tudo isso, e o maior país do mundo cresceu ainda mais.
A estratégia é semelhante a adotada em Donetsk, e pelo que especialistas indicam, Putin quer "botar pra quebrar" até chegar em Odessa. Caso o russo mais mineiro de todos consiga tal feito, praticamente anula todos os esforços da população ucraniana que tentou aderir a União Europeia. Lembrando sempre que a anexação dos tais territórios que buscam se separar é surreal, e não deve acontecer por muitos e muitos anos. Ainda assim, manter praticamente metade do país dos Shevchenkos em sua influência, é uma conquista difícil, e apesar de posicionamentos favoráveis ou contrários, tem de ser reconhecida.
Tudo isso em meio ao governo de Obama, que chega a ser apontado como o mais omisso da história. O chefe de um país que apenas 1/6 de sua população conseguiu localizar a Ucrânia no mapa mundo, e cerca de 80%, segundo algumas pesquisas, são contrários a qualquer intervenção militar no Leste Europeu. Parece que os americanos enfim se cansaram de seus soldados morrendo tão longe por países que eles sequer sabem onde ficam.
Do homem que chegou a aparecer na mídia por conta de uma relação com um leopardo, de fato "não tem como duvidar", e não sabemos até onde o expansionismo saudosista pode chegar. O problema é que tártaros, e todos os outros ucranianos que brigaram tanto para conseguir enfim se afastar da Rússia, e se aproximar da UE, tem muitos motivos pra não achar nada disso "tão maneiro uaí" e muito menos "bom demais".
Queria deixar claro que minha intenção era falar sobre Assad, que indicou que vai participar das próximas eleições da Síria em junho. Mas não tive o sangue frio suficiente para falar do Goleiro Bruno do Síria. Pode ter ficado para a próxima, ou não.